O Gigante egoísta de Oscar Wilde
Era uma vez um jardim grande e
belo que pertencia a um gigante. Todas as tardes, as crianças quando saiam da
escola adoravam brincar nesse jardim, todo atapetado de macia e verde relva.
Certo dia, depois de visitar o
amigo ogre da Cornualha e estar com ele sete anos, o gigante regressou a casa e
ficou muito furioso quando viu as crianças a brincar no seu jardim. Com uma voz
carrancuda, expulsou-as e construiu um muro alto, no qual pôs um aviso: “É
proibida a entrada, proceder-se-á contra os transgressores”.
A partir de então, tornou-se
num gigante egoísta. Quando chegou a primavera coloriu todos os lugares, exceto
o jardim do Gigante onde o inverno passou a estar sempre presente. Não havia
flores, frutos nem se ouvia o chilrear dos pássaros. Os únicos seres contentes
que lá viviam era a Neve, a Geada, o Vento Norte e o Granizo.
Com saudades do tempo mais
quente, o gigante foi ficando triste, até que uma bela manhã, ao acordar, ouviu
no parapeito da janela do seu quarto, um pintassilgo a cantar suavemente.
Curioso, foi à janela e para
seu espanto viu o jardim todo cheio de crianças que tinham entrado por um
buraco que havia no muro. Mas num canto do jardim, ainda era inverno porque
estava lá um menino que não conseguia subir à árvore. O gigante arrependeu-se
de ter sido egoísta, teve pena e foi ajudar o menino. De seguida, derrubou o
muro e disse que o jardim era o recreio deles. Mais tarde, quando o gigante já
era velhinho, o menino apareceu e disse-lhe que um dia o gigante o tinha
deixado brincar no seu jardim e que agora o iria levar consigo para o Paraíso.
No dia seguinte, as crianças
encontraram o gigante morto debaixo de uma árvore, coberto de flores brancas.
Alunos do 4.º B
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